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Tosse persistente em crianças: causas mais comuns e quando investigar

A tosse é um dos sintomas mais frequentes na infância e, na maioria dos casos, está associada a infecções respiratórias leves e autolimitadas. No entanto, quando se torna persistente, é importante entender suas causas e saber quando investigar mais a fundo.

O que é considerada uma tosse persistente?

A tosse persistente é aquela que dura mais de 4 semanas, mesmo com tratamento sintomático adequado. Ela pode ser seca, produtiva (com catarro), contínua ou ocorrer em episódios repetitivos, principalmente à noite ou após atividades físicas.

Causas mais comuns da tosse persistente em crianças

  1. Infecções respiratórias recorrentes

Gripes, resfriados e bronquiolites podem causar uma tosse residual que persiste por semanas, especialmente em crianças menores de 5 anos.

  1. Asma infantil

A asma é uma das principais causas de tosse crônica seca, especialmente noturna, associada ou não a chiado no peito e dificuldade para respirar. Muitas vezes, é subdiagnosticada.

  1. Rinite alérgica e gotejamento pós-nasal

Crianças com alergias respiratórias frequentemente apresentam tosse provocada por secreção que escorre da parte de trás do nariz para a garganta, principalmente durante a noite.

  1. Refluxo gastroesofágico

O refluxo ácido também pode causar tosse persistente, devido à irritação das vias aéreas, especialmente em posição deitada ou após as refeições.

  1. Corpo estranho nas vias aéreas

Em crianças pequenas, a aspiração de objetos pequenos (como sementes ou partes de brinquedos) pode causar uma tosse que não melhora com medicamentos e pode estar associada a engasgos ou chiado localizado.

  1. Infecções mais graves (coqueluche, tuberculose)

Infecções como a coqueluche, caracterizada por crises intensas de tosse seca e longa duração, podem causar episódios de vômito. A tuberculose infantil também deve ser considerada, especialmente em crianças com contato próximo com casos confirmados.

 

Quando procurar o pediatra?

Procure avaliação médica se a tosse da criança:

  • Dura mais de 4 semanas;
  • Vem acompanhada de febre persistente, perda de peso ou cansaço excessivo;
  • Piora à noite ou interfere no sono;
  • Está associada a falta de ar, chiado ou engasgos;
  • Não melhora com tratamento para gripes ou alergias;
  • Surge após episódios de aspiração ou engasgo.

O pediatra pode solicitar exames como radiografia de tórax, testes alérgicos, espirometria ou encaminhar para avaliação com pneumopediatra, otorrinolaringologista ou alergista, conforme o caso.

Como prevenir a tosse persistente?

Algumas medidas podem ajudar a reduzir a frequência e intensidade da tosse nas crianças:

  • Manter a vacinação em dia (inclusive contra coqueluche e gripe);
  • Manter a casa arejada e sem acúmulo de poeira;
  • Tratar adequadamente alergias e refluxo;
  • Incentivar a higienização das mãos e hábitos saudáveis.

Conclusão

A tosse é um mecanismo natural de defesa do organismo, mas quando persiste por semanas, merece atenção especial. Identificar a causa correta é essencial para garantir o tratamento adequado e evitar complicações.

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